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Dezembro Vermelho

Dezembro Vermelho

Deixe o preconceito e os estigmas de lado

Nessa sexta-feira, 1º de dezembro, tem início a campanha Dezembro Vermelho, uma iniciativa que tem como objetivo a conscientização quanto ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Segundo dados de 2022, divulgados pela Unaids, no país há quase 1 milhões de pessoas vivendo com HIV, com 90% delas diagnosticadas e das quais 731 mil está em tratamento antirretroviral, o que eleva para 95% o índice daquelas que estão com carga viral indetectável.

Esses números são o resultado de anos de luta dos movimentos sociais e de iniciativas pioneiras no âmbito das políticas públicas nacionais, que possuí um dos mais robustos programas de distribuição gratuita de medicação do mundo, aliado também com outros métodos preventivos como camisinhas e medicamentos de profilaxia de pré-exposição.

Apesar dos números gerais serem animadores, inclusive com a redução de 8,5 no número de óbitos, quando se analisa os marcadores de raça e classe se percebe um aumento considerado nos casos, entre jovens sobretudo, o que torna urgente a tomada de medidas que garantam a superação das desigualdades e vulnerabilidades, um vez que estas são fatores preponderantes nessa equação. Também chama atenção que em uma época de tanta informação o números de casos entre jovens tenha apresentado aumento.

Ainda segundo o boletim Unaids, para o início de 2024 está previsto o investimento de R$ 40 milhões pelo Ministério da Saúde a serem aplicados em projetos cujo foco é prevenção e diagnóstico, que sejam desenvolvidos por universidades, fundações e organizações da sociedade civil (ONG). Neste ponto, cabe destacar, que os avanços na questão do HIV no país e no mundo deve muito à sociedade civil organizada, sobretudo aos movimentos LGBT’s, os primeiros a cobrarem dos governos respostas e políticas focadas na doença, além de fazerem trabalhos de conscientização e de superação de preconceitos e estigmas.

Nesse  sentido, conversas francas sobre o tema e que não sejam conduzidas por réguas morais precisam ser feitas a fim de que se atinjam as metas globais definidas pela Unaids para o ano de 2030.