Desde 2003 uma ação global tem como objetivo chamar atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem à saúde do homem, o Novembro Azul, com foco principalmente no câncer de próstata. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) projeta para este ano 65 840 novos casos da doença, que vitima mais de 15 mil homens anualmente no país.
A situação é ainda mais delicada devido ao diagnóstico tardio. Segundo dados oficiais, no Brasil 34% dos pacientes descobrem a doença já em estado avançado, o que torna o tratamento mais difícil. E vale ressaltar a demora entre a descoberta do câncer e o início de terapias, que passa dos 60 dias em 47% dos casos.
Os especialistas alertam que esses números são reflexos da relação precária que os homens mantém com saúde, uma situação que se tornou ainda mais crítica durante esse período de pandemia, como aponta pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que mostra diminuição nos atendimentos.
Mas não é apenas o câncer de próstata que preocupa durante o Novembro Azul. O país registra mais de 1600 amputações penianas anualmente por falta de hábitos de higiene adequados. Essa questão, assim como a do câncer de próstata, apresentam aproximações com as ideias socialmente aceitas sobre o que é “ser homem”, e que incidem diretamente no cuidados com a saúde.
É de fundamental importância que essa perspectiva seja mudada para que os números diminuam. A partir dos 50 anos é fundamental que seja feito acompanhamento. Para aqueles com históricos na família a idade para essa rotina deve ser iniciada aos 45. Deixe o preconceito de lado. A sua saúde é mais importante que qualquer toque!